quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entardecer

Uma vontade repentina de deixar a chuva cair de seus olhos.
Um dia acordado em uma eterna ilusão.
Por que essa crise e essa dor?
O ontem já não existia
As palavras viraram um sonho inacabado
E o sorriso uma lembrança longínqua

Fecharia os olhos para nunca mais ver o sol
Mas a escuridão só alimenta essa agonia que recobre o corpo vazio.
A dor de viver
A melancolia constante e sem razão

Um arrepio na espinha
Um aperto que impede engolir
Uma cabeça que explode de tanto sentir
Um corpo vazio e sem forças
E uma queda.
O chão é duro e imundo
Sujo como aquela ferida
Impuro como aquele desespero

Não se movia
Apenas chovia.
Espere o amanhã acabar com mais essa tempestade
Espere o amanhã...
O hoje morreu sem essa luz que brilha
O hoje morreu sem esse sol que ilumina
E o sorriso se foi nessa nuvem em pranto
Cinza azulada
Agora vermelha de sofrimento

Acabara por hoje
Desfalecera por hoje.
O amanhã chegará
Secando essa crise que não tem hora
E nenhum motivo

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