terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sem a vida das palavras

O último foi o último
Foi sobre os últimos
Os últimos dias que vivi
Os últimos dias que sorri
Os últimos tempos que senti existir
Pertenci a algum lugar
Importava a poucos olhos

Essas semanas se arrastaram com tanta chuva
Nem ao céu eu fui bem vinda
Retorno à solidão acompanhada
Mas agora em um outro canto do passado

Se existe volta? Eu já não sei...
Nada é muito certo
E aqui dentro é um vazio tão grande
Nem de ar se enche
Muito menos de palavras!

Hoje sobram apenas aquela página de linhas a tão pouco preenchidas e a chuva que continua caindo do céu dos seus olhos
Portanto, protege com força essa página escrita com letras miúdas
Nesse vazio todo...
É tudo que te resta!


(Encerro as atividades)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sobre a vida, saudades e montanhas-russas

Hoje descobri que nesses últimos meses escrevi muito naquela página em branco, que era minhas lembranças. Acho que vivi... depois de tanto tempo em branco, acho que vivi. E quem sabe eu nunca tivesse vivido tanto em tão pouco tempo... Então o adeus chegou.
Mas hoje eu sei que as lágrimas que derrubei ontem foram a única e mais sincera maneira de dizer quantas saudades vou sentir.
Aprendi também que o adeus é momentâneo... Porque, se as montanhas-russas do outro dia me ensinaram alguma coisa, uma foi que são repletas de subidas, quedas, curvas e loopings que provocam tonturas, mas, mesmo assim, sempre há uma volta, mesmo que para isso você tenha que fazer todo o caminho inverso de costas.
E ensinaram porque, de certa forma, a vida é assim. E como nela, aquela trava sempre parece meio solta... E, mesmo sabendo que tudo ficará bem, é sempre bom ter um pouco de medo e verificar mais uma vez se ela está mesmo presa... Desde que esse medo não te impeça de aproveita-la.

Mas, ao fim disso tudo, existe algo em especial...
Provavelmente eu jamais conseguirei retribuir cada sorriso, cada palavra ouvida e tantas outras coisas... Então, obrigada por tudo, tudo mesmo :]
E perdoe-me pela fadiga excessiva...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Entendimento

Esse ano você mudou tantas vezes que voltou a ser aquilo que você era.. Você?
E então você cresceu muito mais que esperava em um ano. E você também não estranhou quando percebeu que até mesmo no meio dessas milhões de pessoas você se sentia só.
Tão só quanto se sente a tantos anos.
Até que algumas palavras e a capacidade de ouvir e o não julgar fazem você esquecer essa solidão por um segundo. Um grande segundo.
E você parte porque já é uma ação inerente a você, já não pertence mais ás suas escolhas.
E suas promessas desabam como chuva, que cai sobre guarda-chuvas amarelos, verdes, vermelhos e negros. E você alaga a cidade com seus medos e incertezas...

E a única solução continua sendo aquela: viver

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Partir

Quem sabe o medo explique esta dúvida.
Tudo que li ou ouvi só quis dizer que a rara determinação de viver, quase inexistente agora inclusive, é proposital.
Como se a falta de motivação fosse apenas por necessidade de chamar atenção.
Raciocínio incompreensível.
Até mesmo porque a preocupação torna-se preocupante, porém incrivelmente compreensiva e compreensível.
Quem sabe isso explique o querer ficar... Ou senão o querer sumir.
A descrença, a falta de ouvidos... o medo.
O medo do passado mudo, circundado por surdos e cegos.
Isso provavelmente explica.

E, por falta de opção, chega a hora de partir...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Breve

O tempo não explica muita coisa...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Virada

Nessa noite nada terminou
E nada terminará
A não ser a própria noite