quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Noite do compasso interminável

As luzes cantam a harmonia da solidão.
Mesma noite que faz dos olhos o mar da aflição.

Noite que não acaba em amanhecer
Com olhos ardidos se encerra
Em tom esmurecedor

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lágrimas da noite eterna

Naquela noite pude ouvir o som das luzes piscando no relento.
A música lampejava repetidamente...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Palavras vazias

Odeio tudo que escrevo!
Existiu um tempo que gostava
Agora odeio
Mas continuo escrevendo
Para acreditar que ainda existo

Sem essas linhas tolas
Nada deixo como prova

domingo, 27 de dezembro de 2009

Cuidado verdadeiro

Essa preocupação sincera
Como é difícil entender
Mais ainda é aceitar sem sentir culpa
E agradeço mesmo ao chorar
Toda palavra e cada silêncio reconfortante

Ainda vou falar
Basta compreender

sábado, 26 de dezembro de 2009

Chão

Eram verdes e caiam
Agora vermelhas ainda caem

Não importa o quão maduro está o fruto

Sempre caimos

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Absurdo

Desgraça
"Quando sem tempo a primeira coisa que largamos é aquilo que gostamos"
E mais uma vez essas palavras estavam certas
Desgraça porque estavam certas
Mas não eram a resposta
Não a completa
Não era só o tempo
Era também a falta de sentimento

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Eterna batalha

A vida é uma guerra
Acaba encaminhando-se para um fim
E mesmo que feliz, mesmo ascendendo esperança
Carrega consigo milhares de mortes e feridas
Marcas eternas de sacrifícios
Tantas vezes inúteis

A guerra termina e dor
E a vida...
Só trás sofrimento

No fim não há vida que compense a guerra
No fim resta apenas a dor
Acompanhada pela inevitável e esperada morte

domingo, 20 de dezembro de 2009

Motivo do ser

Fez da sua vida a solidão no dia que jurou não mais temer, nem sorrir, nem chorar.
Viu na solidão a sua liberdade.
E realmente foi a liberdade, mas por tão pouco tempo que no outro dia o juramento de solidão virou sua prisão.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Não

Viajando no passado encontro isto:
Duas páginas vazias
Não três, nem uma, mas duas
Dois momentos desconhecidos e mais algumas linhas vazias
E depois uma palavra perdida sem continuação
"Não"
Não prova que vive em repreensão
Não por medo e esquecimento
Não, não porque é assim

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Melodia

A melodia ideal
Aquela tão melancólica
Que de tão profunda torna-se bela
E esconde tudo da maneira perfeita

Não era mais a melodia ideal
Era no máximo uma melodia
Como tantas outras que existem

Não é que não seja bela
Tem lá seus encantos
Mas a tristeza profunda e carregada de lembranças
Fez dela apenas uma melodia
Uma triste melodia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Subterfugio exterior

Fugir parecia uma opção
Fugir parece uma obrigação

Não quero mais fugir...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Subterfúgio interior

Acreditava que fugira para longe
Até finalmente descobrir que fugira para dentro
E tornou-se um ser tão profundo
Que a si não compreendia

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ausência de progressão temporal

Perdoem-me pela ausência...
Tenho vivido um texto descritivo
E a febre desnaturou meus pensamentos

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Andar despercebido

Guarda-chuvas flutuantes
Porque a chuva continua a cair
Em pessoas invisíveis
E na certeza absoluta virou duvida

O medo engole tudo
Sem nem abrir a boca

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Compreensão

Você vivia.
Subitamente sua vida sumiu. Subitamente você percebe que já não vivia.
Percebe que o tempo corre sempre em velocidades diferentes. Mas aquilo que você não percebe é que ele corre em função da sua própria velocidade.
É quando você descobre, já não tão subitamente, que dos últimos meses você não lembra quase nada... É quando o passado distante torna-se mais próximo do que o mais próximo... E você viveu dois anos em um, cujo tempo, o seu próprio tempo, foi de apenas meio...
E o adeus ficou próximo. E agora o tempo parece curto...
E você já não compreende mais o destino.
Agora você quer voltar para viver... Mas o tempo continua avançando...
Agora corra na chuva, lute contra o vento, dance para o sol, deite no chão e veja mais que o teto, brilhe com as estrelas, sorria para a noite... Deixe a vida resplandecer em seus olhos.
Quem sabe isso faça o tempo passar em outro tempo. Quem sabe você descubra que por trás daquelas nuvens vermelhas existe um sol.
Quem sabe o adeus vire um destino distante.
E o hoje possa durar para sempre.
E quem sabe você encontre uma lembrança permanente....

Portanto viva.
Viva

domingo, 29 de novembro de 2009

"Tudo faz sentido"

As vezes entra e consegue respirar
Escreveu no estrado...


Para Heitor, suas palavras formaram o titulo
:D

sábado, 28 de novembro de 2009

Embaixo (visto de cima)

Nem sempre tudo tem sentido...
Não um evidente
Nem imediato!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Embaixo

Não é falta de papel...
É vontade de riscar pra cima!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hoje do ontem

Ideias condensadas e já liquefeitas
Ideias
Nunca concretas

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Começo ao fim

Uma pontada e um corte
Uma dor e outro corte
Uma dor e uma gota
E outra gota e outra gota...
Uma gota e uma ferida
Uma ferida e pinga a vida
Uma vida e uma morte

Morre...

sábado, 21 de novembro de 2009

Ontem

Condensando pensamentos...
Não estavam no estado certo
Agora já transbordam por ai...

Amanhã é amanhã
E só

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Prosa interior

Começa com a motivação:
"Quanto mais cedo você começar, mais cedo sairá desse lugar..."
Seguida por morbidez e, posteriormente, culpa:
"Preciso estudar, preciso continuar..."

Espere! Faltam datas:
17/11/2009
2:45(-9) da tarde.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

(promessa)

Resolvi me dedicar a uma promessa. Não é nada profundo, com uma bela história ou um final feliz. (Até mesmo porque o final não existe)
Ultimamente o lado sombrio dessa minha cabeça oca tem obliterado(adoro essa palavra: obliterar, diz tudo em tão pouco...) o lado sonhador, colorido, estrelado, com lantejoulas e ovelhinhas saltitantes (sim, esse lado existe, acreditem!) da minha "oquidão" (neologismo profundamente vazio esse, ou nem tanto assim...) substancial eloquentemente sobejada de pulsos criativos de idéias frenéticas, indecisas, radioativas (sério) e pouco racionais. (em resumo, da minha mente)
O mistério da escuridão é o mistério. Ou nem tanto.
Na verdade, hoje errei. Hoje menti. Há dez minutos sangrei propositalmente e mesmo depois de tantos erros e comportamentos estúpidos, com explicações mentirosas mais estúpidas ainda resolvi fazer uma promessa. E foi ontem a noite! Logo depois que escovei os dentes, ou durante... (provavelmente naqueles cinco minutos que fiquei parada encarando a pasta de dente)Ah! Isso já não importa mais! Resolvi cumprir agora.
Prometi.
Compreensível seria se uma dúvida se instaurasse aqui. (mais compreensível ainda seria que não, já que até mesmo eu teria parado de ler depois de tanta enrolação)
Mas quanto a dúvida: qual a promessa não falarei, pois, se eu não cumprir, alguém pode me cobrar...
Mas garanto, fará a luz voltar! (e não me refiro ao apagão da semana passada)
Dos projetos abro mão por um tempo... As ovelhinhas estão meio mortas sabe...
Mas já me alonguei demais em retificações. Vou indo antes que o lado sombrio volte.

Ah! Claro!
Alguém, por obséquio, revive minhas ovelhinhas?

sábado, 14 de novembro de 2009

Ânimo

Não queria respostas
Não tinha perguntas
Queria motivos
Razões para continuar
Porque, na verdade, desistira
Agora perdia tempo
Tempo que não mais possuía

Tempo é para aquilo que vive
O mesmo tempo que levou tudo aquilo seu que vivia
O tempo
Não é mais meu tempo
A vida
Já não é mais minha

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Passado: Reflexo do presente

Tudo que era e queria ser
Tudo guardado no seu próprio ser

Não sorri, não brilha, não grita
Cala-se
Guarda tudo em si
O bom, o ruim
Não aguenta

Explode
E então...

O triste fim

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entardecer

Uma vontade repentina de deixar a chuva cair de seus olhos.
Um dia acordado em uma eterna ilusão.
Por que essa crise e essa dor?
O ontem já não existia
As palavras viraram um sonho inacabado
E o sorriso uma lembrança longínqua

Fecharia os olhos para nunca mais ver o sol
Mas a escuridão só alimenta essa agonia que recobre o corpo vazio.
A dor de viver
A melancolia constante e sem razão

Um arrepio na espinha
Um aperto que impede engolir
Uma cabeça que explode de tanto sentir
Um corpo vazio e sem forças
E uma queda.
O chão é duro e imundo
Sujo como aquela ferida
Impuro como aquele desespero

Não se movia
Apenas chovia.
Espere o amanhã acabar com mais essa tempestade
Espere o amanhã...
O hoje morreu sem essa luz que brilha
O hoje morreu sem esse sol que ilumina
E o sorriso se foi nessa nuvem em pranto
Cinza azulada
Agora vermelha de sofrimento

Acabara por hoje
Desfalecera por hoje.
O amanhã chegará
Secando essa crise que não tem hora
E nenhum motivo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Desordem

Tudo uma bagunça
Dos livros embaixo da mesa até a cabeça em cima do pescoço
E no subconsciente
Balbúrdia pura

domingo, 8 de novembro de 2009

Encontradas

Vim avisar que encontrei.
Não estavam no dicionário. Provavelmente não constam em livro algum.
Então, encontrei as palavras...
Estavam ali, guardadas em uma caixa com alguns outros compostos...
Agora não podem fluir... O rio já secou.
Rio que corre para o mar. É o mar, salgado como o mar, como... (breve momento alucinativo) Esqueçam o mar!
Alguém viu essas gotas do humor? Dessa vez não estão na caixa.
Na caixa estão os lencinhos...

Janelas

Abriu uma nova janela
Através viu novas formas de ver o mundo
E encontrou um sorriso
Que a tanto tempo fugira

Perdurou pelos dias

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Complexidade (Vem do passado)

Então surgiu a complexidade

Até entendia o porquê do céu ser azul

Ou o porquê das estrelas brilharem
Mas não entendo a razão da saudade
E nem pra que servem as unhas do pé
Não entendo essas heranças primitivas
Muito menos essas necessidades modernas estúpidas
Não entendo a vida
Não entendo nada



(obs: vem do passado, pois do agora nada encontro)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

(dicionário)

Hoje queria escrever... Nos outros dias também fora acometida por essa idéia. Mas sabe aqueles dias, que você pensa, e pensa, e repensa e depois pensa mais um pouco e... Bom, nada!? Pois é.. Nesses dias que a vontade é chegar em casa e se jogar no chão com a cabeça embaixo da cama... Sei que você sabe como é, pois é lógico que não sou só eu que faço isso entre todas essas 6,5 bilhões de pessoas (mais uma ou duas devem ter esse hábito.... exótico! Assim eu espero...)
(Aqui não posso fazer isso... A cama é muito baixa e a madeira fica espremendo meu nariz, consequentemente não posso respirar, imagina então pensar!)
Mas enfim, retornando ao que era dito antes dessa pequena reflexão sobre... (Não sei bem sobre o que, mas não importa!)
Queria escrever, mas não achava as palavras certas. (Penso se existem...)
Fui ler o dicionário, mas não encontrei. (Quem sabe outra página?)
Quando eu encontrar algumas volto aqui... Vou voltar ao meu dicionário..

Alguém me arruma uma cama mais alta? Gosto tanto de apreciar o estrado e respirar ao mesmo tempo...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Algo errado

"Estou ficando preocupada"
Aquelas palavras murmuradas pesaram
Pesaram como o mundo
Eram tudo que não queria que fosse
Doíam, sofriam e abalavam...
Preocupavam

Queria contar oque está acontecendo
Mas não achava palavras que descreviam aquilo que estava sentindo
O que vem agora vem do passado
Porque no agora não encontro nada
Com esses olhos cansados da dor de existir...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Princípio

Vivo.
E tanto vivo que vivo e morro a cada dia um pouco.
De tanto morrer deixaria um dia de viver...

Isso só precede o que ainda vem em breve
Na meia-noite que morre um dia e vive o outro
Em breve...

domingo, 25 de outubro de 2009

Melancolia

Todas aquelas cicatrizes
Resultados das suas tentativas de esquecer
As lágrimas que relutam em cair
Como o sangue que se recusa a jorrar

Os olhos cheios
A pele rasgada
Não tinha sangue
Não tinha lágrimas

Quem sabe morrera
Mas insistia em continuar andando

me.lan.co.li.a
: sj. Tristeza vaga e persistente

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Chega...

Madrugada que vem e passa
Me leva
Para o infinito e nunca mais

Nunca mais
Nunca...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Imagens

Levei algumas fotos comigo
O passado, amigos...
Alguns sorriram
Outros nada nelas viram
E eu...
Senti saudades

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

...

Não adianta!

Hoje não funcionei
E também não pretendo

É esse tédio que bate...

E eu ainda preciso esvaziar minha mala...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Incompleto

De volta ao vazio
Afloram as histórias
...
Preciso esvaziar minha mala...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

(explicação) Original das 2:59

Hoje venho aqui para explicar. E, como em toda explicação, devo começar por um motivo (isso significa uma desculpa).
É porque tenho um vazio.... Calma, eu já explico. É que me ocorreu agora um pequeno problema, não meu, mas provavelmente seu, que não deve estar entendendo nada.
Venho explicar o motivo de eu não ter mais vindo fazer nada! (isso deveria ser lógico, não é, mas deveria).
Continuando: Meu vazio vem de dentro! (agora você faz: ...?). É algo dentro de mim que não existe, mas quando estou em casa esse vazio se preenche quase todo. Devem ser as pessoas ou o clima...
Costumo preencher o vazio com palavras tolas. (essas que vocês costumam ler; agradeço por isso).
Aqui(lar) o vazio é preenchido com tantas outras coisas que as palavras "tapa-buracos" são poucas demais para formar um texto ou uma frase completa. Elas somem da cabeça!(da mesma maneira que tudo tem sumido ultimamente...)
Lá o buraco era maior... Vem diminuindo. Uma ou outra presença ajuda.... Mas ainda cabem livros nesse vazio. É um vazio daqueles imensos sabe?
Mas já vou indo. Amanhã volto ao meu vazio. Agora preciso dormir. Aqui, no lar, as madrugadas devem ser dormidas...(3 horas agora; quanta diferença!) E esse mosquito não para de zumbir...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Breve dia

Na manhã não vejo tarde
Na tarde não vejo manhã
Na noite não vejo nada!

Os dias passam despercebidos
O sol não enxerga seu brilho
O céu não percebe seu fulgor

Suspiro

Dos dias não resta mais nada

Restam as noites
Sonolentas e soturnas noites

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fim de dia

Na noite em que as luzes converteram-se em algo que voava...
Graciosamente pousou
E misteriosamente sumiu.
Na noite em que as palavras soavam distantes...
Uma voz
E depois o silêncio.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

(percebendo o esquisito)

Em cinco segundos voltei cinco anos, avancei dois meses, percebi o engano e voltei outros três, andei sete quadras, percorri outra única na volta, cancelei o olfato, parei por trinta e um minutos, avancei cinco anos, sorri e esqueci onde estava.
Estranhas projeções da cabeça...
Mas já vou aos meus afazeres, antes que escureça... O som já começou a chiar.
E antes que eu esqueça: a pilha está acabando...

Solução ao desespero

Como viver uma vida sem sentido?
Como aceitar um sonho destruído?
Como consertar esse mundo tão errado?
Como seguir para um futuro em ruínas?

Existiria solução?
Existiria um caminho para trilhar?

Desça...
Mas desça para seu destino

E compre um pão de queijo.

(Solucionado e uma manhã surreal por M.P.Morioka)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

As crônicas do dia (rápido, por favor!)

Resolvi dedicar-me a alguns outros projetos.
Mas nunca por completo. Paciência por aqui certo? Por obséquio...(sejamos formais ao extremo por um breve instante).
Porque agora vem a loucura. E venho escrevendo rápido (você deve ler esse texto com toda sua agilidade, pois é assim que é pensado e escrito, mais escrito do que pensado, mais flashes do subconsciente do que escrito).
E... HAAAAAA! HA! Sim! E o tempo? Pra ser bem sincera, não sei, acho que joguei fora, no lixo, ontem a noite, junto com todos aqueles papéis amassados que estavam no meu bolso e que não lembro bem o que eram... Provavelmente o tempo foi junto, mas já falei isso... Preciso correr! Tenho pressa e não sei bem a razão!
Calma, calma, posso me alongar mais um pouquinho... Mas alguém avisa minha mãe que eu tô pirando! Não, não, não será necessário, eu mesmo falo isso amanhã pessoalmente, mas não tão pessoalmente assim, porque isso só semana que vem. Mas não importa agora... Por que eu precisava correr mesmo?
Sim! Sim! Tanta coisa pra fazer! Esse frenesi todo tem me enlouquecido um pouco e... Alguém, por acaso, viu minha cabeça? Não acho em lugar nenhum, quem sabe ali na sala... Só um minuto................ Sim! Estava lá! Espera, eu disse cabeça? Não! Procurava a caneta... Ai ai ai ai ai, onde estava com a cabeça? Essa loucura toda tem me deixado frenesi, não, o contrário disso, ah!, já falei! Mas agora preciso ir, não me lembro o motivo, mas já vou indo... Mas é claro! O motivo, lógico, o motivo é amanhã! E o que eu tinha pra fazer amanhã...? Onde está a minha agenda pra verificar? Nossa, que cabeça a minha, eu não tenho agenda!
Minha nossa, que vida, de tudo esqueço um pouco, ou do pouco esqueço tudo! Já nem sei mais...
Maldita cabeçada, digo cabeça. Mas teve uma cabeçada também... Só que já faz um tempo, já estava afetada a minha antes disso. A minha cabeça (só pra ficar claro, desculpe, é a pressa).
E amanhã, lembrei!, amanhã eu preciso muito... muito... Viver! É claro, viver, como pude esquecer de viver?
Tempo, tempo, tempo, onde foi que eu o coloquei? Preciso procurar..
Mas mesmo não o encontrando ele é curto. Até mais, boa noite e bom dia. E boa tarde também, pois não sei quando nos veremos novamente, eu posso esquecer.


Já ia encerrando e esquecendo. Alguém avisou a minha mãe aquilo que... Ah! Esqueçam!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sorria :D

Andando na vida... Estudando
E ali em frente estava:
Cemitério da Consolação.
Jazigos, esculturas e adornos
Mil obras de arte...
E uma constante reflexão
Dos corpos em decomposição.
Sussurravam uma história
Que morre fétida nesse chão

E encoberta por terra
Uma pútrida beleza
Terminal e já tão certa ela chega
Com uma única certeza

Sorria
Nós vamos todos morrer...
Vamos todos apodrecer

Sorria
Se podres já não estivermos...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Manhãs (Parte 3)

Se trocassemos as pessoas por trás dos volantes, seriam elas mais organizadas?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Manhãs (parte 2)

Se sabotassemos os aceleradores, seriam elas mais seguras?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Manhãs (parte 1)

Se arrancassemos as buzinas, seriam elas mais musicais?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Progressões construtivas

"Hey...
Hey man
Gey man
Gay man...
Adocica meu amor, adocica..."


E assim mundo gira

*Progredido em uma manhã abstrata de agosto por M.P.Morioka

domingo, 30 de agosto de 2009

Sobejado fluxo de consciência... (Raciocínio em execesso)

Pensava...
E quanto mais pensava mais lembrava.
E mais percebia tudo aquilo que tentava evitar.

Quanto mais pensava mais lembrava
De tudo aquilo que trazia dor.

Mas passava e, como sempre, esquecia.

Melhor mesmo é parar de pensar.
E esquecer por completo.
Para viver enfim.

Mas para isso teria que deixar de viver
E o sentido de tudo acabaria.

Contradição da dor, contradição da vida
Não tem começo e não tem fim.
Apenas acontece.

Meio exacerbado de ser.
Maneira estranha de viver.

Quanto mais estranha mais sentido parece ter.
Ou tenta ter...
Ou apenas deixa de existir.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Resumo

Um simples olhar para um brilho pequeno e insignificante.
Capaz de reunir todos os anos vividos em um...
Um sonho
Um segundo

Que não acaba nunca

domingo, 16 de agosto de 2009

Projetos

Sobram-me projetos
Faltam-me horas
E dias
E noites
E quem sabe idéias e amores

Falta-me um pouco de vida
Mas os projetos, esses sim,
sempre sobram...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vivendo... Apenas vivendo

O inverno passava.
Com ele passavam os bons momentos, os "entre momentos" do outono.
E ele passava rápido, mais rápido que o sorriso que trouxe.
Quem sabe fosse hora de voltar.
Voltar ao mundo das palavras.

Infelizmente.

Quando os dias se resumem em sorrisos é difícil não sentir saudades.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Inspiração... (Retorno)

Bastou um vento lépido para tudo que voltasse a ficar conectado.
Trazia-a de volta. E, junto dela, outros tantos espíritos.

Breve brisa revigorante...
Brilhante lufada destruidora...


O esplêndido sopro de outono.

domingo, 17 de maio de 2009

Voltando no tempo, para entender o "porque" de tudo...

Porque, se ela não voltasse, jamais entenderia o universo que a circunda.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Inspiração... (2)

Na sua consciência palavras flutuavam leves e tranquilas...
No papel, elas arrastavam-se pesadas, tentando esconder aquilo que deveria ser dito.
Nunca fluíam.

O fato é que não via bem por um lado...
E estava cansada de forçar os olhos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Vivendo entre momentos... (6)

Primeiro veio o barulho.
Depois nada funcionava.
Em busca de soluções, discou aquele número e, após árdua insistência, ouviu uma voz em resposta.
Maquiavélica voz, que, em tom “atendentioso”, disse:
-“Um momento, por favor.”
Não apenas um se passou, mas todos.

E o silencio perdurou.
Jamais obteve a resposta necessária.

E, naqueles momentos em espera, ela viveu.

domingo, 3 de maio de 2009

Dor...(1)

Tomava hoje a liberdade de usar palavras já pronunciadas uma vez... Representavam toda a verdade.
Começaria a chamá-la de obliteradora. Aquela que rechaçava suas esperanças, fazia seus sonhos serem olvidados, destruía seu presente, seu futuro.
Obliterava sua vida.


E ninguém jamais se importaria.

sábado, 2 de maio de 2009

Inspiração... (1)

A inspiração esvaiu-se em um suspiro.
E não voltou quando novamente inspirou.
Mas, em sua mente, palavras vagavam dispersas, sem nenhuma força de atração...


Vivia uma conspiração.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vivendo entre amigos... "Piti's report, by Ana."

No relógio, o minuto mudava no instante em que olhava.
Isso acontecia várias vezes, como se fosse a avisar que o
tempo estava passando, e rápido! A alertando para a questão:
“Será que seu mundo imaginário não estaria ocupando
mais tempo da sua mente do que o próprio mundo real?!”
Apenas um parêntese...
Pois afinal, de longe sentia saudades...
....e ao mesmo tempo, a proximidade de uma simples conversa,
confortava seu coração em saber: “é, realmente, somos amigas!”.

domingo, 26 de abril de 2009

Vivendo entre momentos...(5)

Ela sabia que, provavelmente, não encontraria pessoas iguais àquelas que já são parte de sua vida há tanto tempo...
Porém, quem sabe fosse hora de aprender a abrir uma janela, para compartilhar novas formas de ver o mundo...

Vivendo entre momentos... (4)

Alguns dias afônica...

E ela percebeu como seria complexo um mundo sem voz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vivendo entre momentos... (3)

Despertou e colocou-se em pé...
Então dormiu.

Incessante languidez matinal.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sonho

Ela sonhava com cometas todas as noites.
Queria ter Saturno na perna, as estrelas nos olhos e o universo nas mãos.

Apenas um sonho...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Vendo o mundo ao contrário

Doía a cabeça pensar no vazio.
Não ouvia e nem via o som das estrelas. Resplandeciam, sem vida, na noite sem brilho.
E tudo que ela conseguia ver era ela, vendo o mundo
ao contrário.

.oirártnoc oa odnum ueM

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Voltando no tempo

Bom era quando ela dizia: Só mais cinco minutinhos mãe...
E em cinco minutinhos se passaram dois anos.
Sem mais minutinhos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Amigos

Quando estava triste, vocês estavam aqui...
Quando tive medo de continuar, vocês estavam aqui...
Quando estava feliz, era porque vocês estavam aqui...
Vocês estão sempre comigo, em minhas lembranças em meus pensamentos, não importa o quão longe estejam.
Os anos passam e continuamos juntos. E é assim que deve ser.
Amo vocês!

domingo, 12 de abril de 2009

Vivendo entre amigos

Ela olhava o céu sem esperança... Só queria uma única esperança, pequena que fosse, capaz de fazer tudo voltar ao normal.
Tudo estava mudando, mais rápido do que ela conseguia acompanhar. "Estrelas não mudam, estão sempre lá, imutáveis." Foi tudo que ela pensou.

Mas no fundo ela sabia. Se nada mudasse, nada seria aquilo que realmente é. A vida é feita de mudanças, provas concretas de que estarão sempre unidos, em torno de um destino, e esse sim, é imutável.
O que ela não sabia era o destino. Mas isso já nem importava mais saber, ele acontecerá, sabendo ou não.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vivendo entre momentos

Não é tão estranho assim o fato de seu dia ser dividido em momentos. O estranho é que ela mede o tempo em pessoas. Sabia que se encontrasse um certo individuo na sua rota diária, era porque estava adiantada. Se encontrasse outro, o sujeito alto, era porque estava no horário. Agora, se encontrasse a menininha loira, devia correr, pois já era tarde demais.

domingo, 5 de abril de 2009

Vivendo entre momentos

De repente, e não mais do que de repente, sua vida deixou de passar em horas. Agora os dias passam em repetitivos momentos. E eram basicamente quatro os momentos: o de dormir, o de estudar, o da aula e o de comer, não necessariamente nessa ordem e em diferentes passagens do dia.
E entre esses momentos, ela costumava viver.