terça-feira, 12 de novembro de 2013

Crônicas do dia... queridas alucinações (As histórias divididas)

Hoje me coloco aqui nesse papel (agora não é mais papel, mas pequenos elementos de memória cibernéticos) para falar do que aconteceu nos últimos tempos da última temporada (não sei quanto tempo é isso) dessa vida (a minha).
Bom, dividi as histórias em histórias divididas (momento redundante)! É que senão é conteúdo demais e eu sei que vira algo chato, eu mesmo me chateio (sim, me chateio com minha própria história). Com o tempo elas aparecem, em pequenas doses de palavras, que se estendem momentaneamente. Já aviso que não é nada incrível, nem um pouquinho mesmo, nadinha, juro! Se você esperava um grande acontecimento você, certamente, não encontrará! Se você esperava por algo culto e empolgante, sinto muito, hoje não será (ou foi). Enfim...

Outro dia (desses que a gente vive todo dia) foi um dia comum, desses que você dorme em certa hora da escuridão e desperta com a luz lá fora. E o despertador tocou como em toda manhã. E como uma pessoa relativamente comum, você o desliga quando ele passa a ser irritante. Bom, como eu disse, nada incrível.
E foi uma manhã dessas que levantei para desliga-lo (o despertador), caminhando até onde ele estava (ele fica longe, as vezes o desligo dormindo, já explico a razão), apertando o botão que encerrava o seu grito matinal, sem nem mesmo ver a hora. Como em qualquer dia comum ele ficou calado e, apesar do sol lá fora, pude ouvir aquele silvo agudo de uma sirene aguda seguida de uma frase aguda e outro silvo agudo (tudo era agudo), frase, silvo, frase, silvo...
E o silvo, ou a sirene, ou melhor, aquilo que vinha depois dela, dizia claramente: "Alerta de ciclone, aletra de ciclone, (silvo, silvo (era um silvo duplo)) Alerta de ciclone. Separe itens essenciais e aguarde ser deslocado para área segura (silvo)..." 
Esse foi o momento que tive algumas indagações, (não questionei a existência do alerta) como quem iria me encaminhar pra onde? (um ciclone certamente faria isso). Porém, mesmo sem entender nada, prontamente corri pegar a torradeira e esperei enquanto a voz chata gritava sem parar com sirenes agudas.
Sim, peguei uma torradeira como item importante, mas não sem uma torrada dentro! Então uma policial entrou e disse que eu devia entrar em um carro, que mais parecia um vagão estranho e amarelo, para me deslocarem para um local seguro, mas cuidado! (disse ela) esse carro pode dar choques. Corri pegar minha identidade também, apesar dos protestos da policial. Ressalto: torradeira, torrada e identidade, tudo que é necessário para sobreviver ao ciclone. E consegui entrar no carro sem levar um choque terrível (lembrem, era para minha segurança). Quando me vi acomodada no estranho carro me vi sentada no sofá da sala, olhando para o local de onde vinha a sirene, que foi sumindo lentamente.

É, você alucinou bonito aquele dia (falo com meu cérebro). Consegui fugir de um ciclone dentro do meu apartamento, com minha torradeira. Sério, torradeira, torrada e identidade? E você ainda achava que isso estava acontecendo mesmo, seu idiota? (é com meu cérebro, se você chegou até aqui, leitor, você é legal e não idiota (pelo menos não idiota o suficiente pra fugir de um ciclone com uma torradeira, eu espero))

Bom... As vezes meu apartamento vira outro mundo. Na próxima divisão explico melhor... Agora tenho que ir, um ciclone vem chegando! Vem?
E, não menos importante, avisem minhã mãe que minhas alucinações tem virado premonições (não me refiro ao ciclone agora)... Não, não precisa, já prevejo que ela não achará interessante.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Saturno e os corpos orbitantes

Saturno não estava presente apenas no corpo
Era um pouco Saturno por dentro

Mesmo rodeado de tantos anéis, dezenas de satélites, milhares de rochas e incontáveis partículas de poeira era, na sua existência, apenas um mundo imenso...
Imensamente grande e solitário

A sua volta giram diversas decepções que um dia podem ter sido algo
Agora eram decepções que o rodeiam
Até que a gravidade do mundo e das ações deixem de existir
Porque o universo muda constantemente

Algumas se afastam e giram até que, de tão distante, tornam-se pequenas lembranças de uma órbita passada
Outras rochas acompanham o seu movimento
Rochas que um dia se chocam, mudam de forma, trocam seu comportamento, se afastam
Encontram outro mundinho para orbitar
Um mundo melhor, mais condizente
Ou menos misterioso por dentro

E Saturno continua lá
Como outros planetas
Cheio de corpos ao seu redor
Mas solitários em um universo vazio