sábado, 1 de maio de 2010

O último... O eterno

Via-se assim e perguntava sobre cada dia passado para um horizonte sem fim. E perguntava-se sobre a morte, porque não é nada além do que somos feitos e o que ou tudo aquilo que realmente somos perde-se nesse além, como a vida se perde a cada suspiro.
E via a vida passando e via a vida morrendo, como alguém que vê um por-do-sol pela última vez. E todos os outros nunca foram tão belos, tão profundos, porque o último, aquele último, foi perfeito por ser seu último.
Fossem tão belos o último sorriso amigo antes do adeus, o último abraço. E fossem tão profundas as últimas despedidas, a última lágrima de saudade que cessa com os últimos raios da vida.
Soubesse a cada momento que eram os últimos. Soubesse que jamais existiriam denovo, porque aquelas palavras jamais serão ditas da mesma maneira, o último suspiro dado jamais voltaria, assim como o último segundo e o raio de sol que amanhã será outro!

E hoje o sol não brilha lá fora. Nem o calor que aquece a vida existe de mesma maneira hoje.
E os fantasmas que retornam e ficam... Ficam. E como bons fantasmas assombram a noite e os sonhos transformam em tortuosos pesadelos. A noite em claro chove e o sol, aquele sol de ontem, sol do passado, nunca volta a ser como antes.

E assim via-se perguntando sobre cada dia passando no seu horizonte....


......Tanto desejava que um momento fosse eterno. E, como toda música, acaba em uma nota, apagada pelo seu tempo.

Um comentário:

AnImoL disse...

Tu tens um coração lindo e nobre.